O peeling químico está entre um dos procedimentos estéticos mais realizados em clínicas e consultórios dermatológicos no Brasil.
Consiste em estimular uma inflamação controlada na região tratada com a aplicação de alguns tipos de ácidos.
A inflamação provoca a descamação da pele e resulta em uma renovação celular, proporcionando a produção de colágeno em suas camadas internas.
Esse tipo de procedimento deve ser feito por profissionais especializados, sendo muito eficaz no rejuvenescimento da pele e no clareamento de manchas.
Saiba mais sobre peeling químico abaixo:
Tipos de Peeling Químico
Os peelings químicos podem ser classificados de acordo com a profundidade onde atuam na pele e seus tipos são: peeling químico superficial, peeling químico médio e peeling químico profundo.
Peeling Químico superficial
O peeling químico superficial costuma realizar uma esfoliação leve na camada mais superficial da pele, sendo indicado para prevenir o envelhecimento, para clarear manchas, para uniformizar a cor e melhorar a textura da pele.
Peeling Químico médio
O peeling químico médio já costuma ser mais agressivo, atingindo parte da epiderme (camada mais superficial) e trazendo benefícios até a derme (segunda camada de pele).
É muito utilizado em tratamentos para rejuvenescimento, cicatrizes de acne e melanoses solares (aquelas manchas escuras de exposição ao sol).
Peeling Químico profundo
O peeling químico profundo utiliza um tipo de ácido forte que remove as primeiras camadas de pele até chegar na camada inferior – a derme, promovendo assim um rejuvenescimento facial intenso.
A aplicação deste ácido pode ser dolorosa e o procedimento costuma ser sob efeito de anestésicos e sedativos. É mais indicado para pessoas de pele clara, com rugas moderadas a profundas, peles com manchas, cicatrizes, queratoses e lentigos causados pelo sol.
Substâncias utilizadas
As principais substâncias utilizadas para a realização do peeling químico são:
- Ácido retinóico,
- Ácido salicílico,
- Ácido glicólico,
- Ácido tioglicólico,
- Peeling de Jessner,
- Peeling de cimel,
- Ácido tricloracético (TCA ou ATA),
- Fenol.
Ácido Retinóico
O ácido retinóico é uma substância derivada da vitamina A, sendo um dos ácidos mais utilizados na medicina estética, principalmente para a realização do peeling químico.
Possui propriedades que são capazes de diminuir a oleosidade da pele, de aumentar sua firmeza, melhorar a qualidade do colágeno, além de contribuir no processo de cicatrização.
É muito eficaz para a redução de manchas, sendo usado em tratamentos de melasma e da acne, além de mostrar excelentes resultados ao suavizar rugas.
Peeling químico com Ácido Retinóico no tratamento da Acne
Ácido Salicílico
O ácido salicílico é utilizado para realização do peeling superficial, melhorando o aspecto da pele, reduzindo manchas e suavizando rugas finas.
Uma de suas principais propriedades, é que ele ajuda na desobstrução dos poros, acabando com cravos e no controle da glândula sebácea, sendo muito útil no tratamento da pele oleosa e com acne.
Ácido Glicólico
O ácido glicólico é considerado um importante renovador celular da pele e pode ser usado tanto em peelings superficiais quanto em peelings médios.
Pode ser usado em tratamentos no rosto, pescoço e colo, proporcionando uma melhora na textura da pele e no clareamento de manchas. Também possui indicações para tratamentos de estrias e melhora na aparência de cicatrizes escuras de acne.
É útil e seguro para tratamento de acne e manchas em gestantes.
Ácido Tioglicólico
O ácido tioglicólico funciona em pigmentos na pele derivados de sangue e por isso, consegue ter uma ação clareadora.
Atualmente vêm sendo utilizado em peelings, principalmente no tratamento de olheiras acastanhadas com componente vascular.
Peeling de Cimel
O peeling de cimel possui em sua composição agentes rejuvenescedores, clareadores e antioxidantes que atuam nas diferentes etapas da formação da melanina. Esses agentes, trabalhando em conjunto conseguem agir na revitalização da pele.
É muito utilizado no tratamento de melanoses solares, melasma, sardas, além de apresentar resultados muito eficazes na diminuição do excesso de oleosidade e perda de luminosidade.
Peeling de Fenol
O peeling de fenol ajuda a promover o crescimento de uma pele mais lisa e uniforme.
É indicado em alguns casos onde há sinais dos efeitos da radiação do sol, presença de rugas mais acentuadas, flacidez, cicatrizes e manchas e apresenta bons resultados já na primeira aplicação.
Para que serve
O peeling químico é um tipo de tratamento de pele muito procurado por ser não invasivo e considerado muito seguro e eficaz. É indicado para os mais diversos objetivos como:
- Tratamento de rugas finas, leves e moderadas;
- Clareamento de sardas, manchas, melasmas e manchas de gravidez;
- Tratamento de cravos e espinhas;
- Melhoria no aspecto de cicatrizes incluindo cicatrizes de acne;
- Rejuvenescimento da pele, melhorando seu viço e textura;
- Tratamento de ceratose e ceratose folicular (aquelas “bolinhas” muito comumente encontradas na parte de trás dos braços, coxas e bumbum);
- Ajuda a amenizar a aparência das estrias e olheiras acastanhadas.
Seja qual for o seu objetivo ao procurar um tratamento de peeling químico, é sempre recomendável a avaliação de um médico especialista, que irá definir o tipo mais adequado para alcançar os resultados esperados.
Como funciona
Os peelings químicos faciais e corporais funcionam com a aplicação de uma ou mais substâncias, geralmente ácidos, com finalidade de remover ou destruir de forma controlada partes da epiderme e/ou da derme, seguida por uma regeneração e substituição por células e tecidos novos.
Em alguns casos a pele poderá ser preparada com cremes que possuem ácidos e clareadores em sua composição. A preparação possibilita uma descamação mais homogênea da região tratada, minimizando assim a possibilidade de aparecimento de manchas.
Descamação
Após a realização do peeling químico, a pele fica bastante sensível e alguns efeitos podem ser observados como vermelhidão, inchaço, sendo a descamação algo muito comum também.
Ela provoca uma renovação da camada de células epiteliais, que quase sempre apresentam aparência mais lisa e com coloração mais uniforme após o processo de cicatrização.
É importante resistir à tentação de arrancar as casquinhas que vão se formar durante o processo de descamação, pois isso pode retardar a cicatrização, causar manchas ou deixar cicatrizes no rosto.
Benefícios
Os principais benefícios da realização do peeling químico são:
- Clareamento de manchas como melasmas, sardas, manchas de idade e de sol;
- Melhora a aparência de estrias, cicatrizes de acidentes e de acne;
- Diminui rugas e linhas de expressão;
- Ajuda a fechar os poros e amenizar lesões de cravos e espinhas;
- Ajuda a reduzir a oleosidade da pele.
Esse tipo de tratamento também aumenta a produção de colágeno, tornando a textura da pele mais suave, uniforme e sua pigmentação mais regular.
Lembrando que os resultados podem variar de acordo com o tipo de peeling (superficial, médio ou profundo) e com as características de cada pele.
Tempo de recuperação
O tempo de recuperação inicial se dá nas primeiras duas semanas e, à medida que o tempo vai passando, a coloração da pele passa de vermelho para rosa, até clarear por completo.
Como a pele estará super sensível e descamada, é necessário ficar atento ao uso de produtos e maquiagens que podem provocar irritações. Na dúvida, sempre pergunte ao médico.
Antes e depois
Em alguns casos, a pele deverá ser preparada dias antes com despigmentantes e ácidos de uso domiciliar para evitar complicações.
Também é imprescindível o uso de protetor solar nos períodos antes, durante e após a realização das sessões.
Dias após o tratamento pode ser necessária a aplicação de hidratantes e anti-inflamatórios.
É válido ressaltar que somente um médico especialista será capaz de avaliar e orientar sobre os procedimentos necessários antes e depois da realização de cada sessão de peeling químico.
Quantas sessões são necessárias
O número de sessões necessárias em um tratamento de peeling químico pode variar de acordo com a patologia a ser tratada e com os protocolos que serão usados pelo médico dermatologista.
Por isso, antes de realizar qualquer tipo de procedimento, é de extrema importância a avaliação de um médico especialista, pois somente ele será capaz de identificar a substância mais indicada para cada tipo de pele e patologia.
Associação com outros procedimentos
O peeling muitas vezes pode ser associado a outros procedimentos, a fim de alcançar melhores resultados.
Por exemplo, o peeling químico pode ser associado ao procedimento de microagulhamento no de manchas e estrias.
Cuidados antes do tratamento
Para obtenção de resultados mais eficazes e a garantia de um tratamento seguro, é preciso ter alguns cuidados antes da realização do peeling químico.
Normalmente os médicos dermatologistas recomendam a suspensão do uso de produtos e ou dermacosméticos que contenham algum tipo de ácido, a fim de evitar qualquer tipo de irritação ou manchas.
Cuidados como a higienização correta da pele, que deve estar limpa, sem maquiagem e desengordurada, além do uso frequente de protetor solar, também são indicados para que haja uma melhor absorção das substâncias utilizadas no tratamento.
Cuidados depois do tratamento
Como o peeling químico é feito com ácidos e a pele fica bastante sensível após sua realização, também são recomendados alguns cuidados que devem ser tomados depois do tratamento.
Evitar a exposição ao sol, utilizar com frequência o filtro solar e evitar arrancar as cascas que se formam após a descamação da pele, são alguns dos principais cuidados para se evitar o aparecimento de manchas.
O uso de cremes hidratantes e sabonetes específicos, de preferência neutros, também são alguns dos cuidados que costumam ser recomendados pelos médicos especialistas.
Contra indicações e reações adversas
Existem algumas contra indicações na realização do peeling químico. Por ser um procedimento mais agressivo, não é indicado para pessoas com problemas graves ou infecções ativas de pele.
Pessoas com herpes ativa ou algum tipo de infecção nas vias aéreas superiores e ouvido também devem evitar o procedimento.
Mulheres grávidas ou amamentando, pessoas com diabetes, imunodeficientes, além das que possuem tendência a ter quelóide devem realizar o tratamento com produtos específicos para cada condição.
Apesar de ser raro, é possível o aparecimento de reações adversas, portanto é de extrema importância a realização do procedimento em locais especializados e por profissionais capacitados.
Peeling caseiro é seguro?
Conforme já falado anteriormente, o peeling químico é realizado com alguns tipos de ácidos e estes, se utilizados de maneira incorreta e sem orientação médica, podem acabar causando muitos transtornos para os pacientes.
Além disso, existem vários cuidados recomendados pelos especialistas que devem ser tomados antes e depois da aplicação dos ácidos, para se obter resultados mais eficientes e evitar resultados indesejados.
Portanto, a realização do peeling caseiro apesar de ser tentadora e parecer ser mais barata do que uma ida ao consultório dermatológico, pode custar caro, não sendo indicada e nem segura. Ele pode causar intoxicações, processos alérgicos, além de queimaduras que poderão marcar sua pele para sempre.
Preço do Peeling Químico
O preço do peeling químico pode variar de acordo com o protocolo a ser utilizado. O número de sessões e a possível associação com outros procedimentos também pode influenciar no valor final, sendo que esses fatores deverão ser avaliados com cuidado por um profissional especializado.
Os procedimentos devem ser realizados em consultórios ou clínicas dermatológicas, por profissionais especializados, com ampla experiência e conhecimento na área.
Onde fazer peeling químico no Rio de Janeiro
Dr. Tiago Silveira é dermatologista, especialista titular pela Sociedade Brasileira de Dermatologia e pelo MEC há mais de 10 anos.
Formado pela Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), com residência médica na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), foi preceptor/coordenador de ambulatórios de atendimento em dermatologia geral e cosmiatria do Instituto de Dermatologia Professor Rubem David Azulay (IDPRDA) – Santa Casa da Misericórdia do Rio de Janeiro.
É autor de artigos científicos, capítulos de livros de Dermatologia e participante ativo na comunidade médica, apresentando aulas e trabalhos em cursos de atualização, congressos e jornadas científicas.
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